Monica e a escrita
0 comentáriosTô sempre escrevendo. Uma ideia pode ir pra um pedaço de papel ou pro bloco de notas do celular, quando viajo
faço anotações em um caderninho escolhido especialmente pra ocasião e em casa tenho um cantinho especial pra escrever.
Entre o que gosto de fazer, escrever é um dos favoritos, além de ler, cozinhar, viajar, decorar a casa e me meter com artesanato.
Escrevo faz tempo. Antes da invenção dos blogs, enviava conteúdo diverso para minhas irmãs, por email mesmo, era um jeito de compartilhar uma variedade de coisas que vivenciava: impressões sobre um filme, o resultado de uma receita nova, lugares interessantes de um passeio. Familiares e amigos souberam e passaram a receber os emails, a partir daí, amigos dos amigos também. Criei então um blog. O conteúdo que abordava era interessante e meus textos ficaram cada vez melhores. Recebi o convite de uma revista e passei a escrever quinzenalmente para o impresso e também para o portal.
Além da graduação em Arquitetura & Urbanismo e pós-graduação em História da Arte, estudei também crítica de arte, escrita criativa, cool hunting, produção cultural e produção de conteúdo para web.
Já escrevi muita coisa. Um guia turístico sobre Nova York (que envio para qualquer um que pedir). Textos sobre moda, comportamento e turismo para revistas. Crônicas sobre o cotidiano para a internet. Projetos culturais e de empreendedorismo para editais e leis de incentivo. Escrevi até leis de urbanismo para a cidadezinha aonde vim “experimentar a empolgante aventura de viver na roça”. Dia desses, depois de finalizar um texto no trabalho, disse para os meus colegas: “gosto tanto de escrever que até escrever uma notícia sobre as eleições municipais me alegra” (rs).
Comecei na escrita como redatora de textos técnicos. No meu segundo emprego, num escritório de arquitetura hospitalar e design gráfico, além de atuar como arquiteta, também fui redatora e ilustradora de relatórios de patente e manuais de equipamentos odontológicos. Até textos como esses me davam satisfação (rs).
A escrita também esteve presente em casa. Minha avó Tirsa, mesmo aposentada da universidade, orientava alguns trabalhos de mestrado e doutorado. Na mesa da sua sala de jantar, depois de servir bolo, café ou limonada aos estudantes, ela revisava dissertações e teses. Lia em voz alta, questionava, repetia, recomendava complementações, sempre com os olhos bem próximos do papel e com um lápis ágil, correndo de uma linha para outra, riscando e anotando. Minuciosa, editava textos brilhantemente. Me surpreendi ao descobrir que ela também publicava artigos. No início da década de 1.960, escreveu sobre educação para o jornal A Tribuna, de Nova Granada (SP).
Quem lê meus textos pessoais gosta e diz que “escrevo bem”, mas quem lê e me conhece diz: “parece até que estamos conversando contigo”.
Vou escrever sempre e cada vez mais minhas impressões sobre assuntos que me encantam (vida na roça, crônicas do cotidiano, gastronomia), e novos temas que me interessem (slowlife, casa & jardim e outros tantos que vão surgir).
Escrevo em todo lugar, em papéis que depois viram barquinhos, em pedras, até no espelho de casa e em uma cadeira (rs).